Ter, Nov 5, 2024

Em fevereiro de 1954, durante a exposição do Salão Internacional de Automóveis de Nova Iorque, nos Estados Unidos, a Mercedes-Benz surpreendeu os espectadores ao revelar seu novo supercarro esportivo. Este modelo, conhecido como 300 SL, destacou-se por suas portas que se abriam para cima, um elemento que se tornaria icônico no mundo dos automóveis.

O 300 SL trouxe uma revolução ao mercado automotivo com sua estrutura tubular e um motor de seis cilindros equipado com injeção direta. Inspirado no sucesso da Mercedes-Benz nas corridas internacionais, especialmente em eventos como Mille Miglia, Le Mans e Carrera Panamericana, este carro trouxe consigo o DNA vencedor dessas competições para as estradas públicas a partir de 1954.

As portas com abertura em forma de asa de gaivota foram adaptadas do modelo de corrida W194. Este modelo de produção recebeu sua própria designação, W198. As portas peculiares exigiram soluções de design e construção específicas, incluindo molas discretas para facilitar sua abertura e manter-se abertas quando necessário. As janelas removíveis contribuíram para a estética e a ventilação interna do carro.

A configuração das portas também influenciou o design do volante, que podia ser inclinado para baixo para facilitar o acesso ao compartimento dos pés. No entanto, entrar no Coupé não era tão simples, mas isso mudou com o lançamento do modelo sucessor, o 300 SL Roadster, que adotou portas de abertura convencionais.

A maçaneta externa da porta era tanto funcional quanto esteticamente agradável, dobrando-se para fora com uma leve pressão para abrir a porta de maneira elegante e aerodinamicamente eficiente. Essa ideia foi posteriormente revisitada nos modelos atuais da Mercedes-Benz, que apresentam maçanetas embutidas que se estendem automaticamente quando o carro é destravado.

Além disso, o 300 SL apresentava uma distribuição de peso quase perfeita e um motor de seis cilindros com injeção direta, tornando-o um verdadeiro supercarro para sua época. Foi o primeiro carro de produção em série a ter um motor de quatro tempos com injeção direta, aumentando significativamente sua potência e alcançando uma velocidade máxima impressionante de até 250 km/h, o que era extraordinário na década de 1950.

Os modelos “Asa de Gaivota” e Roadster do 300 SL conquistaram clientes e entusiastas ao redor do mundo, com 1.400 unidades do Coupé produzidas entre 1954 e 1957, e 1.858 unidades do Roadster.

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